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Começando a Ver sua Solução Saindo do Papel. É a Hora de Construir


Solução

🧠 Artigo escrito por Bernardo Nery, Product Manager, entusiasta por tudo relacionado ao mundo cripto.


 

Começando a Ver sua Solução Saindo do Papel. É a Hora de Construir.


Analisando os resultados que você viu dentro das etapas do Double Diamond, você tem algumas possibilidades pensamento em soluções. Olhando para o segundo diamante, agora é que o jogo fica quente… Já tendo os problemas de uma comunidade específica, você sabe o que precisa desenvolver para resolver os problemas, então você olha o que já tem disponível no mercado, vê as soluções disponíveis e sabe o que está dando certo, o que está dando errado, e qual seria o melhor caminho para sua solução seguir.


Opportunity Solution Tree


Olhando para o core do seu negócio, na minha experiência eu gosto de usar o Opportunity Soluiton Tree, que é uma ferramenta que você desenvolve uma cascata de soluções para um problema. Conseguindo ver o problemas como um todo e entendendo ainda mais como você pode resolver um problema específico. Essa metodologia foi apresentada pela Teresa Torres, uma das principais profissionais de produto do mundo. Aqui é ela mesmo apresentando um pouco sobre como descobrir as oportunidades de mercado.

Solução

Na metodologia você tem um resultado esperado e busca qual oportunidade você vai focar no desenvolvimento de uma solução, para atingir o objetivo esperado, e cada solução que você testa é um experimento que você estará validando.


Idealmente você monta um escopo do que está buscando, mas como a Teresa Torres fala, “(…)Você mapear oportunidades é muito difícil(…)” pois tem algumas etapas para a oportunidade que você deseja explorar seja de fato uma oportunidade relevante. Para isso ela cita os 3 passos que você deve explorar para ter uma melhor chance de sucesso.


1 — de fato é identificar a oportunidades;


2 — quebrar essa oportunidade apropriadamente (aqui que vem o desafio escondido);


3 — descobrir a estrutura escondida no espaço da oportunidade.


Seguindo esses passos é mais fácil você identificar o que está desenvolvido. Sabendo os resultados do que você quer entregar fica mais fácil atingir as soluções e oportunidades.


No vídeo que está acima de Teresa Torres explicando um pouco mais na identificação das oportunidades. Esse também é o canal dela, fique a vontade para explorar e ver o que você está precisando descobrir antes de entrar no desenvolvimento do seu produto.


Desenvolvimento do MVP


Quando a solução já está clara e está na hora de fazer entregas, aqui é um grande ponto de atenção. Você tem diversas maneiras para poder entender como fazer a entrega de melhor valor para seu cliente, e aqui que vamos separar as entregas necessárias. Algumas soluções são simples e rápidas para ter uma respostas do público para atrair os clientes iniciais, como uma landing page (LP), outras já fazendo uma entrega de produto para execução.


Landing Page (LP)


As LPs são utilizadas em marketing para uma série de aplicações, mas quando se trata de captura de leads, sem dúvida é uma ótima aplicação. Quando o desenvolvimento do produto está em andamento, e ainda não há uma possibilidade de você apresentar para o mercado, muitas empresas apresentam vídeos da aplicação em mockup e mostram como o produto vai ficar, fazendo com que já tenha uma lista de interessados na utilização do produto em desenvolvimento. Esses são sem dúvidas os melhores clientes para usarem o seu protótipo, e aqui você já pode chamar a atenção usando protótipos não funcionais que disparam atividades para fazer no modelo conciérge.

LP
Exemplo de LP para produtos. — tirado do site https://www.thinslices.com/insights/create-your-first-minimum-viable-product acessado no dia 06/10/2023

Protótipos não funcionais


Uma frase muito dita para empreendedores é “Para fazer coisas que escalam, façam coisas que não escalam primeiro”. Um exemplo clássico é o do Airbnb. Os fundadores do Airbnb queriam testar que as pessoas queriam se hospedar em São Francisco durante o evento SXSW que ocorria na cidade. Fizeram um anúncio de uma cama no sofá de um deles no CraigList (um site de anúncios gerais, o mais próximo seria um mercado livre aqui no Brasil) e o anúncio foi um sucesso. Esse foi um protótipo não funcional que ajudou o Airbnb a validar sua hipótese. Tudo era feito manualmente, dos anuncios até as respostas de ocupação. E assim eles começaram faturando e resolvendo a dor das pessoas.

Protótipos
Demostração do anúncio do AIRBNB no Craiglist como MVP — extraído do site https://www.quora.com/How-did-Airbnb-use-Craigslist-to-market-its-site-in-its-early-days — acessado dia 06/11/2023

Aqui tem várias “engenhocas” que podem ser feitas:


  • Slides para validar usabilidade (geralmente com hiperlinks)

  • Vídeos

  • Apresentação do Produto

  • Ou só mesmo um anúncio, onde você faz tudo, sem nenhuma automação.


Protótipos Funcionais


São protótipos um pouco mais bem elaborados e que são postos a prova, já com alguma automação, seria já um site disponível para testar o uso do seu SAAS, como é o caso da Detask. Eles estão rodando seu produto com usuários enquanto desenvolvem as aplicações finais. Esses produtos geralmente rodam em baixa qualidade e velocidade. Entendendo quais são as principais funções e onde você mais precisa fazer seu produto ficar forte.

DeTask
Exemplo do site da Detask. Extraído do site https://rewards.detask.io no dia 06/11/2023

Nesse por exemplo temos algumas ferramentas:


  • No code / low code: são plataformas onde você pode criar e desenvolver seu aplicativo para validar e começar a faturar sem precisar escrever uma linha de código, ou poucas linhas de código. Geralmente são drag and drop.

  • App de baixa fidelidade: Desenvolvendo sua aplicação, mas só com sua função principal.

  • Fazendo só o front-end (só fazendo a página onde o usuário vai usar, sem precisar fazer toda comunicação e automação).


Desenvolvendo seu MVP para Web3


Quando o assunto é Web3 o modelo de MVP e validação de projetos nesse início é bem diferente. Algumas vezes a validação é em conjunto e construindo com a comunidade. Já são variadas as maneiras de validação, mas geralmente agora começa resolvendo alguns problemas que a comunidade está enfrentando. Os problemas surgem e são resolvidos de maneira muito rápida, a velocidade é algo presente e se bobear, tá de fora.


Acredito que o ecossistema de startups web2 ainda tem muito a desenvolver, mas as startups Web3 tem uma velocidade incrível devido a uma coisa principal… comunidade. A comunidade sempre está de olho, e tem sempre pessoas muito qualificadas olhando para os problemas que estão acontecendo.


Então, quando você busca a validação geralmente é escrevendo uma documentação ou até mesmo um post em alguma comunidade. A praticidade de ter pessoas qualificadas olhando os problemas é uma vantagem muito grande.


Então as possibilidades de validação e execussão das soluções são voando:


Desenvolvimento de Comunidade


Em todos os casos, sem exceção você precisa estar com uma comunidade desenvolvida. As vezes não necessariamente toda comunidade precisa começar do zero. É comum você encontrar projetos que começaram dentro de uma comunidade já existente de algum projeto, e que resolva algum problema desse projeto, ou algo que agrege. Por exemplo: a criação da Polygon, que aconteceu dentro da comunidade do Ethereum. Mas o importante é começar a falar sobre o que pretende fazer, enquanto desenvolve.


Whitepaper


Assim que a comunidade já estiver rodando, vão ter pessoas engajadas com o projeto, e é nelas o foco do projeto, primeiro para buscar ajuda para compreender o nível de complexidade do que precisa ser desenvolvido além de que, algumas pessoas vão querer participar e pegar firme, então, tendo essa parte já pronta, o ganho de velocidade e fazendo.


Tendo essas pessoas, é hora de começar a escrever a documentação do que pretende lançar. O nome dessa documentação é WhitePaper, e é ali que vai explicar como você vai resolver o problema identificado. O mais famosos é sem dúvidas o do Bitcoin, mas todos os projetos depois que foram apresentados tiveram, quase que obrigatoriamente, a divulgação desse documento. Além disso, ficar constantemente lançando atualizações e updates do desenvolvimento do produto.


Muitas vezes o mesmo problema que você identificou, também foi identificado por outro time e que vão estar fazendo soluções parecidas, mas dificilmente iguais. Fazendo com que aconteça uma espécie de competição entre os protocolos.


Contando que a comunidade é o principal termômetro do projeto, tendo isso forte, tem a possibilidade de pedir grants para os protocolos, que ajudam financeiramente os projetos que estejam usando seu código como base, como forma de incentivo a desenvolvimento usando as soluções já existentes. Isso é um fator chave para a quando estiver pensando em fazer rodadas de investimento. Acredito que sejam dois pontos: comunidade e grants, que sejam importantes para rodadas futuras.


Beta


Assim que a documentação estiver pronta, é hora de fazer o projeto acontecer… desenvolver e assim que tiver a estrutura básica desenvolvida, é colocar na mão do usuário. E como sabemos, produto na mão de usuário é quando vão aparecer bugs, falhas e é quando você tem o poder de proteger seu projeto.


Nesse primeiro momento que os usuários poderão usar seu produto, ainda não é para valer, é chamado como Beta Teste, onde é o primeiro contato do seu produto com seus consumidores, sejam eles, desenvolvedores ou usuários. Aqui é máxima atenção e sempre monitorando os serviços para que esteja tudo rodando certo.


Alpha


Aqui é a última etapa antes do lançamento, é quando você precisa de fato de um teste valendo. Já com as correções e provavelmente melhorias de UX/UI, você deixa seu produto pronto para o lançamento. Ainda é teste, mas já é um teste valendo. Pouco depois é o lançamento oficial.


Conclusão


Vendo que seu produto está para o lançamento, você deve ficar bem focado em execução, deixar tudo pronto para o lançamento e não dar bobeira, então é ficar de olho e construir.


Projetos bons já vão ter muitos clientes antes mesmo do lançamento, pelo simples fato de já ter construído essa base durante essa jornada, mas não se preocupe se não tiver, é natural esse desenvolvimento.


 




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